quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Corretora on-line diminui gastos com publicidade e interações nas mídias sociais

                                                                                                                                         Por: Miro Cequinel


O capital de algumas corretoras on-line, que receberam portentosos aportes de capital entre 2010 e 2011 esta acabando, e as que desejarem continuar no mercado, possivelmente terão que partir para uma nova rodada de captação de recursos. O detalhe é que o período atual não é tão propicio a essa captação, como foram os anos de 2009 e 2010. A comparação das capas da revista The Economist de 2009  e de 2013 mostram bem o contraste do cenário atual com o anterior e o atual apetite dos fundos de investimento:

                                                2009                                        2013
                                         
Alguns sinais: A Sossego Seguros, site lançado com muito barulho em 2011, não atualiza suas redes sociais desde o mês de Maio (a mais de cinco meses), e aparentemente diminuiu significantemente os investimentos em Publicidade e links patrocinados do Google, aparecendo muitas vezes somente na busca orgânica. A corretora on-line que teria iniciado, com anunciados investimentos ao redor de US$ 25.000.000,00 (25 milhões de dólares) , ainda perdeu um de seus principais executivos, que faleceu no inicio do ano, o qual sem dúvida era um de seus principais ativos, por ser um grande conhecedor do mercado segurador nacional.

Situação similar de falta de atualização nas redes ocorre com a Economize no Seguro, portal lançado em 2007 e adquirido em 2012 pela holding de corretoras Brasil Insurance. Desde Fevereiro de 2013 o blog da empresa não é mais atualizado, e a mesma saiu do Facebook e o site não teve mais atualizações. Além disso o Chat on-line não se encontra em funcionamento. O grupo Brasil Insurance passa por um crise desde que o valor das ações da empresa despencaram na bolsa de valores e ficou claro que não foi dada sequencia no processo de integração das corretoras. 

As corretoras on-line passam por uma fase de grandes gastos com pessoal, visto que no cenário atual, não foi possível automatizar muitas das tarefas de backOffice , fazendo com que a operação seja a mesma de uma corretora de seguros tradicional. Isso não estava previsto no Plano de Negócios de muitas destas empresas, que terão que ir ao mercado em busca de mais capital, para fazer frente as grandes despesas com mão de obra, publicidade, telefonia/call center e mídia. Já vimos isso acontecer antes,  em iniciativas que demandaram grande necessidade de investimentos,  como a seguradora American Home (1998 a 2000), que tentou fazer venda direta massificada, porem a expectativa de um mundo pós Internet e pós Era da Informação era de que estes gastos não seriam tão pesados.

Agrava-se ainda o fato de que  com relação ao e-commerce no Brasil, 70% dos sites brasileiros fazem menos de dez vendas por mês e são considerados inoperantes, conforme levantamento  feito pela ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico):

"As pessoas se entusiasmam e não entendem que somente abrir uma loja virtual e colocar os produtos no ar é diferente de gerenciar um e-commerce, com infraestrutura de operação, entregas, reposição etc.", afirma Mauricio Salvador, presidente da associação – a pesquisa leva em conta informações de 282 sites de venda de produtos.





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